A necessidade de fomentar uma cultura institucional fundamentada na atenção ao outro, à natureza, a si mesmo e ao transcendente vem da busca por uma sociedade mais compassiva e conectada.
Com base nos valores da mística e das cinco virtudes vicentinas, o CSVP propõe uma reflexão sobre como experiências de valorização da vida, em suas diversas manifestações, podem transformar a nossa forma de interagir com o mundo.
O que são as Virtudes Vicentinas e o que cada uma delas pode nos ensinar?
As cinco Virtudes Vicentinas são frases de São Vicente de Paulo, visionário e fundador das Congregações da Missão, que falam sobre as virtudes evangélicas que ele escolheu para regrar o cotidiano missionário, as quais podem ser consideradas como um guia para a sua vida, vamos conferir?
- Simplicidade: “A simplicidade é a virtude que mais amo, eu a chamo de meu evangelho.” (SV I, 284)
Este convite à simplicidade não se refere apenas à ausência de complexidade, mas à capacidade de encontrar beleza na essência das coisas e nas relações, valorizando o que é autêntico e verdadeiro.
- Humildade: “Deus abençoa os humildes, está na origem do bem que fazemos, nos chama a fazer grandes coisas.” (SV X, 128)
A humildade, como destacada por São Vicente de Paulo, é a bênção que atrai as graças divinas. Reconhecer nossa pequenez diante do vasto universo nos permite agir com bondade e compaixão. Ao cultivar a humildade, abrimos espaço para fazer grandes obras em prol do bem comum.
- Mansidão: “Se não se pode ganhar uma pessoa pela amabilidade e pela paciência, será difícil consegui-lo de outra maneira.” (SV VII, 226)
A mansidão dita por São Vicente de Paulo destaca a importância de ganhar as pessoas pela amabilidade e paciência. Em um mundo, muitas vezes apressado, a capacidade de ser gentil e paciente torna-se uma ferramenta poderosa para construir relações sólidas e duradouras.
- Mortificação: “A mortificação significa submeter as paixões e os impulsos à razão.” (SV X, 56)
A mortificação, entendida como a submissão das paixões e impulsos à razão, nos leva a um autoconhecimento mais profundo. Ao compreender e controlar nossas próprias inclinações, tornamo-nos capazes de agir de maneira mais consciente e compassiva em relação aos outros.
- Zelo: “Se o amor de Deus é um fogo, o zelo é a sua chama. Se o amor é um sol, o zelo é o seu raio.” (SV XII, 307-308)
O zelo, como descrito acima, é a chama que emana do amor de Deus. Se o amor é comparado a um fogo ou a um sol, o zelo é a força propulsora que impulsiona ações altruístas e dedicadas em direção ao bem comum.
Que possamos, inspirados pelas Virtudes Vicentinas, cultivar uma cultura de atenção que transcenda as barreiras do individualismo, promovendo a construção de comunidades vibrantes, solidárias e conscientes de seu papel na transformação positiva do mundo.
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